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Projeto de pesquisa: escolas bilíngues de fronteira

Capa do livro Política Linguística

O projeto

Em 2012-2013, tive o privilégio de participar de projeto de pesquisa, na qualidade de bolsista de pós-graduação do Projeto Observatório da Educação na Fronteira (OBEDF), como parte do Programa Observatório da Educação (OBEDUC), parceria entre CAPES, INEP e SECADI, ou seja, do Edital 038/2010. Convênio OE n. 2107.

A pesquisa

Assim tivemos, uma mega equipe composta de professores da Rede Municipal e Estadual de Ensino, de diversos professores-orientadores, de um tanto de estagiários, de bolsistas, de colaboradores, de muitas fronteiras, de tamanha logística, de centenas de folhas de relatórios, de muitas horas de observação, de três seminários internos, de um boletim mensal, de milhares de alunos, de muito mais línguas do que se poderia supor, de mais uma publicação que acaba de sair do forno!

“Política Linguística em Contextos Plurilíngues: desafios e perspectivas para a escola”.

A apresentação do livro

Com efeito, a construção coletiva de um espaço de escuta para os sujeitos e suas línguas se tornou uma prática fundamental no OBEDF e também um dos seus principais resultados. Desse modo, os textos reunidos expressam essa dinâmica da pesquisa. Pois eles trazem, às vezes, na forma de relatos, a marca indelével do permanente processo de escuta e da constante busca por compreensão das situações e questões que foram se apresentando.

Os artigos

Dessa forma, abrindo a coletânea, o texto Línguas, fronteiras e perspectivas para o ensino bilíngue e plurilíngue no Brasil contextualiza o projeto no quadro do multilinguismo do Brasil. O artigo apresenta políticas linguísticas voltadas ao reconhecimento das línguas brasileiras e discutindo as condições históricas e políticas para uma educação bi e plurilíngue. O texto foi escrito pela coordenadora do projeto, Profa. Dra. Rosangela Morello.

Na sequência, explora alguns resultados do OBEDF e defende a perspectiva de abordagem das línguas como recurso educativo que promove um ensino inclusivo, qualifica a formação escolar dos alunos e amplia as possibilidades de atuação dos professores.

 

O texto de Márcia Sagaz

Desse modo, no texto, Bilíngue em Zona de Fronteira: pensando modelos e programas, escrito por Márcia R. P. Sagaz, o leitor encontrará uma análise de modelos de educação bilíngue e uma sistematização de elementos que os integra segundo seus objetivos educacionais, sociais e políticos.

Além disso, a partir dessa análise, a autora discute as diretrizes apontadas na Portaria MEC n. 798 de 10/06/2012 que versa sobre educação intercultural para zona de fronteira no Brasil (MORELLO, 2018, apresentação).

Outros textos

Além desses, mais dez artigos e a Carta do Observatório da Educação na Fronteira – OBEDF compõem esta coletânea, que é leitura obrigatória para sociolinguistas, educadores e todos aqueles interessados em educação, línguas, pesquisa!

Referências

MORELLO, Rosangela.; FILETTI, Marci (org). Observatório da Educação na Fronteira: Política Linguística em Contextos Plurilíngues: desafios e perspectivas para a escola. Florianópolis: IPOL; Editora Garapuvu, 2016. 248 p.

SAGAZ, Márcia R. P. Educação Bilíngue em Zona de Fronteira: pensando modelos e programa. In: MORELLO, Rosangela; FILETTI, Marci (org.). Observatório da Educação na Fronteira: Política Linguística em Contextos Plurilíngues: desafios e perspectivas para a escola. Florianópolis: IPOL; Editora Garapuvu, 2016. p. 45-60.

Para baixar gratuitamente a versão em pdf do livro disponibilizada pelo Instituto de Investigação em Política Linguística.

Picture of Márcia Sagaz
Márcia Sagaz

Mestre em Linguística – Sociolinguística/Política Linguística, pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (2013)

Título da Dissertação: Projeto Escolas (Interculturais) Bilíngues de Fronteira: análise de uma ação político-linguística.

Licenciada em Letras – Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009).

Especialista em Design Instrucional, pelo SENAC.