Leituras introdutórias para escrita acadêmica, isto é, propedêutica, que não é nem de comer nem de passar no cabelo.
Assim, como semana passada, falei de leitura para estudar, no post Leituras e Leituras. Esta semana vou falar de leitura para escrever!
Leituras introdutórias para escrita acadêmica
Então, propedêutica se refere a nada mais que aos conhecimentos introdutórios de uma disciplina, significando simplesmente “ensinar previamente”.
Como em uma casa, esses conhecimentos são o alicerce, e leitura de textos teóricos são geralmente ofertadas muito antes do tempo de escrita do trabalho final, nas disciplinas ao longo do curso.
Querer escrever um texto acadêmico-científico de qualquer extensão sem estar ancorado em leituras introdutórias, que formam a base de uma incursão positiva à escrita e sem refletir sobre o que foi lido é desgastante e não traz benefícios para a Ciência ou para quem escreve. Assim, não raro o TCC/Dissertação/Tese vira um pesadelo!
Colcha de retalhos
Na maioria das ocasiões, os trabalhos acadêmicos são escritos a partir de leituras apressadas ou de textos pouco qualificados, compilados sem orientação prévia, que resultam sequências de citações com pouco ou nenhum nexo.
Estou certa de que ninguém chega a isso por querer, mas por não ter se preparado desde seu primeiro passo na universidade, ou primeira disciplina cursada, e nem mesmo no ano/semestre final.
Nos acostumamos à cópia no ensino fundamental e médio. Quem é da área sabe que a Linguística Aplicada tem trabalhado para mudar isso, mas nem sempre com sucesso. Porém, no ensino superior, é preciso aprender a ser autor.
Diversificar a leitura
A leitura não deve ser reservada exclusivamente aos livros, aos clássicos, é preciso ter mínimo interesse por tecnologias para delas fazer o máximo uso, afinal esse é o suporte pelo qual muito da vida científica e do conhecimento de mundo têm circulado. São conhecimentos outros, a distância de um ou dois cliques, que apresentam infinito horizonte.
Quer/precisa escrever? Leia, leia e leia! Reflita, discuta, reflita, discuta, reflita. Tudo isso, apoiando-se sobre teclado ou e papel e caneta à mão. Afinal, para escrever é preciso escrever!
Pedro Demo, em seu Conhecimento moderno, ensina: “[…] and[e] na vida com os olhos bem abertos.”, ou seja, leia o mundo.
*Meus agradecimentos à Claudia Leal Estevão, bacharel em Letras, revisora textual e design instrucional, pelo diálogo sempre profícuo.
Seguimos!
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