As perguntas movem o mundo, como sabemos, sobretudo na Ciência, pois não há “Não há pesquisa sem perguntas”, e aí temos a pergunta de pesquisa.
Assim, hoje vou compartilhar com você o caminho tortuoso que percorri para entender isso.
Perguntas de infância
Quando eu era menina, era perguntadeira como todas as crianças! Minha mãe, já cansada de tanta pergunta, certa vez, disse-me: “pense, antes de perguntar”.
Contudo, mesmo atualmente imaginando que essa frase era ser um estímulo, na época, eu não entendi assim. Em vez disso, eu “ouvi”: “não faça perguntas”. Até hoje essa frase ecoa na minha cabeça.
Viver sem perguntar
E, a partir daí, vivi uns 30 anos essa afirmação! Tudo que aprendi desde então foi por observação ou por ensinamentos espontâneos. Sempre que algo novo se apresentava, eu me concentrava em observar, e muitas vezes desisti dessa empreitada, ficando sem a informação.
Já em 2004, em uma aula na Universidade Federal de Santa Catarina, o professor depois de fazer uma aula expositiva inicial, disse: “neste semestre vocês vão fazer uma pesquisa, para próxima aula tragam uma pergunta”. Naquela hora, “me caiu os butiá dos bolso”!
Viver perguntando
Naquele momento, eu era apresentada ao método de ensino-aprendizagem chamado Ensino via Projetos de Aprendizagem/Ensino via pesquisa, que é uma metodologia ativa. Esse método consiste na construção de mapa conceitual organizado em torno de uma pergunta.
Isso foi um divisor de águas!
Embora a primeira pergunta (para um pesquisa) tenha sido um pouco rudimentar, logo peguei o jeito e sai pelo mundo perguntando.
Com efeito, o estímulo do professor durante todo o semestre era nos provocar com perguntas, não direcionadas a nós, mas como modo de apresentação de seu raciocínio.
Pergunta para pesquisar: pergunta de pesquisa
E, foi assim, observando e, agora, é claro, praticando que eu aprendi essa tarefa fundamental da atividade de pesquisa: fazer perguntas tão útil para pensar perguntas de pesquisa!
Mais reflexões sobre esse tema no próximo post.
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Fonte da imagem: Pixabay