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ABNT, APA, Vancouver

Logomarca desenrolando a norma: abnt

Normas de referência: ABNT, APA, Vancouver

Usar ABNT, APA , Vancouver, isto é, normas de referência, é “um mal necessário”. Será que é tão mal assim? Você já experimentou ler um trabalho acadêmico totalmente não normalizado? Se sim, sabe da dificuldade que estamos falando.

A normalização auxilia na organização, recuperação e apresentação de informações e amplia as possibilidades de intertextualidade, em especial no que se refere a citações e referências, e também na padronização de tabelas, quadros e outros elementos.

Embora a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), já citada neste blog, seja a mais utilizada para normalizar trabalhos nas universidades e faculdades brasileiras, não é a única disponível. Outras instituições normatizam trabalhos acadêmicos, são internacionais e também utilizadas em textos escritos em língua portuguesa.

ABNT

O conteúdo das normas brasileiras é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (CEE), sendo elaborado por Comissões de Estudo (CE) formadas por representantes voluntários dos setores envolvidos: produtores, consumidores, especialistas, universidades, laboratórios, entre outros.

Há, portanto, um esforço coletivo e colaborativo nos grupos de estudo para determinar o escopo de cada norma, de cada item que nos causa tantas dúvidas, como os sistemas de referenciação autor-data ou numérico, os elementos opcionais ou obrigatórios e tantos outros…

APA

Organização científica e profissional que representa a área de Psicologia nos Estados Unidos desde 1892, a American Psychological Association (APA) apresenta diretrizes somente para artigos e utiliza modos próprios de como citar autores por meio de sistema autor-data. A Anpad as disponibiliza on-line em: <http://www.anpad.org.br/rac/rac_guia_apa.pdf>.

Vancouver

Organizada pelo International Committee of Medical Journal Editors Vancouver Group, orienta sobre dois sistemas de referenciação: autor-data e numérico, sendo o numérico relativo à numeração na lista de referências.

Bastante utilizada em publicações, até mesmo em TCCs, na área de saúde, como medicina e enfermagem, por referenciar grande número de obras internacionais. Usar uma norma internacional, que amplia o acesso às referências, nessas áreas que compartilham conhecimento para além das fronteiras nacionais.

É importante saber que a Vancouver não normatiza sobre aspectos como numeração progressiva, apresentação de trabalhos, resumo etc., tal qual a norma brasileira; restringindo-se a citações e referências.

Quer uma ótima dica? A biblioteca virtual da UFSC, a BU, disponibiliza orientações simplificadas sobre a utilização da Vancouver. Vale a pena conferir!

Uma, duas, três normas ou mais

Embora baseadas em normas estabelecidas nacional ou internacionalmente, algumas instituições, universidades e editores de periódicos estabelecem normas próprias. Por isso, é importante conferir qual é(são) a(s) indicada(s) para o texto que você vai apresentar ou publicar.

Concluindo

Pode misturar sistemas normativos? Bem, se norma é “[…] aquilo que regula procedimentos ou atos; regra, princípio, padrão, lei.”, a resposta é: não! Pode misturar sistemas de chamada? Também não.

Então, não hesite em buscar auxílio quando sentir-se confuso, e faça isso no início da escrita do seu trabalho, pois será muito mais fácil elaborá-lo dentro da norma do que ter de ajustá-lo ao final.

Seguimos!

Fonte da imagem: Caixa de pesadelos

*Além de mim, assina este texto Claudia Leal Estevão, analista em Letras, revisora textual, design instrucional e redatora técnica.

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Márcia Sagaz

Mestre em Linguística – Sociolinguística/Política Linguística, pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (2013)

Título da Dissertação: Projeto Escolas (Interculturais) Bilíngues de Fronteira: análise de uma ação político-linguística.

Licenciada em Letras – Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009).

Especialista em Design Instrucional, pelo SENAC.