Blog Pharus

Manter o foco

Luneta que indica manter o foco

Há algum tempo, quando eu tinha uns 20 e poucos anos, descobri que havia um exato momento em que o projeto no qual eu estava inserida passava a fazer parte da minha vida. Naquela época, percebi que isso acontecia quando eu sonhava com o empreendimento. Eu acordava e dizia: entrou na corrente sanguínea! Ou seja, havia ali a prioridade em manter o foco.

Foco na pesquisa

Isso não acontece mais (o sonho), mas ainda é preciso que o projeto corra nas veias. Enquanto isso não acontece, outros temas, assuntos, projetos, ideias vão contornando os dias. E isso é bom. Mas, seguramente, haverá um lapso em que ou você come, toma banho e dorme pensando (pelo menos de segunda a sexta) na sua pesquisa ou está fadado a fazer um pseudoestudo ou – o que não raro ocorre – a desistir por ser tomado pela angustia ou desanimo (ou os dois!). Então, necessariamente será preciso – dependendo da extensão do trabalho – semanas, meses de dedicação: aí está o foco na pesquisa.

Foco no objeto

O segundo é o foco no objeto. Afinal, como eu já disse em outros textos, o mundo é vasto e, ao ler, ler e ler, interessarmo-nos por outros temas. Também acontece de nos perdermos nos caminhos que decorrem do objeto. Por exemplo, estamos escrevendo sobre o blog Pharus e, por precisar compreender seu contexto, abrimos tanto a lente que passamos a escrever sobre o site onde o blog está hospedado. Podemos escrever sobre o contexto? Sim! Devemos. Mas sem esquecer do que é periférico e do que é central no estudo.

Foco no objetivo

O terceiro é o que parece ser o mais difícil de manter: o foco no objetivo. Por motivos parecidos com o que ocorre em relação ao segundo, tendemos a esquecer do que estamos perseguindo, de qual pergunta precisamos responder. Como se resolve isso? Voltando aos objetivos sempre! Verificando periodicamente se o caminho está nos levando à resposta para a pergunta inicial; relendo o projeto com atenção crítica; escrevendo o objetivo geral no mural do seu lugar de estudos! E que mais for preciso! Só não vale se dar conta que se perdeu dos objetivos quando for escrever as considerações finais!!! Por isso: olho vivo, faro fino!

Seguimos!
Fonte da imagem: Pixabay

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Márcia Sagaz

Mestre em Linguística – Sociolinguística/Política Linguística, pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (2013)

Título da Dissertação: Projeto Escolas (Interculturais) Bilíngues de Fronteira: análise de uma ação político-linguística.

Licenciada em Letras – Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009).

Especialista em Design Instrucional, pelo SENAC.